quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A minha fala

Eu falo
Falo tanto
Que até eu canso...
Erika Teodora

Eu me comunico com todo o meu corpo. Sempre que falo gesticulo bastante, como quem quer que o interlocutor tenha sua mente preenchida não apenas com as palavras de quem diz, mas, também com o corpo, os gestos, o rosto.
Para cada lugar uso uma fala. Não que precise adaptá-la, é natural. Não posso usar na sala de aula com meus alunos a mesma fala que uso numa roda com meus amigos. Nem os gestos são os mesmos. Também não posso querer que um vendedor de coco verde na praia use o mesmo vocabulário que a pessoa que me vende um carro. Adaptar a fala, o vocábulo, a postura se faz necessário sempre que me coloco.
Normalmente, quero convencer as pessoas do que penso. Me preocupo tanto em deixar claro o que penso que, às vezes, deixo as pessoas confusas. E se percebo isso, aí sim, falo mais ainda.
Vejo a minha fala como autoritária, ríspida. Mas, não por querer dominar as mentes que me cercam. Talvez, por querer convencer-me daquilo que falo.

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